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domingo, 8 de maio de 2011

A LENDA DA MÃE


 

A LENDA DA MÃE
Merlânio Maia



Mãe é tesouro sagrado

Que Deus botou nesse mundo
Fulgor dos céus oriundo
Trazido ao lodo da Terra
Toda mãe tem uma linha
Direta com o Criador
              Pois só ternura e amor
              O seu coração encerra


Dizem até que quando o homem
Criou-se das mãos de Deus
Ao ver os caminhos seus
Escutava do Divino:
- Pra Terra te enviarei
Muito frágil chegarás
Mas lá iniciarás
As lutas do teu destino





Derramarás muito choro
Pisarás pedra e espinho
Duro será teu caminho
Na busca da perfeição
Porém lá não estarás só
Antes mandarei alguém
Será teu Anjo do bem
A te dar o coração





E eis que te receberá
Enfrentando a própria morte
Um Anjo amoroso e forte
Pra toda necessidade
Seu seio há de te nutrir
Te fará andar, falar,
Sonhar e te preparar
Para ter felicidade





Fará todo sacrifício
Pra que tenhas segurança
Viverá da esperança
Será a tua guarida
Meu caminho ensinará
Velando em noite inteira
Sobre tua cabeceira
Pra te ver feliz na vida





E o homem encorajado
Logo indagou ao Senhor:
- Oh! Meu Deus, meu Criador
E quem tanto amor encerra,
Que Anjo será por mim?
E assim falou-lhe o Senhor
- Seu nome aqui é AMOR
Pra ti será MÃE na TERRA!

5 comentários:

  1. blogger:poesia poo...6 de junho de 2011 às 03:57

    Minha vida no sertão
    Letra e música do poeta
    Raimundo Nonato da Silva

    Eu nasci no pé de serra
    Nas quebradas do sertão
    Numa pequena casinha
    Ali no sitio pinhão
    E meu pedaço de terra
    Mora no meu coração

    Bebi água de cacimba
    Andei montado em jumento
    Aprende assoviar
    Pra poder chamar o vento
    Engenho e carro de boi
    Eu não esqueço um momento

    Naquele tempo no sitio
    Inda não tinha energia
    Somente a lua de noite
    E o sol durante ao dia
    Mas a noite era enfeitada
    Com seresta e cantoria

    Hoje no sitio é diferente
    Acabou-se a tradição
    Ninguém conta mais historia
    Nas debulhas de feijão
    Não tem quem veja um paiol
    De milho ou de algodão

    Bem distante da cidade
    Lá eu não achava ruim
    Se acaso eu adoecesse
    O meu pai fazia assim
    Tirava as folhas do mato
    Pra mãe fazer chá pra min
















    O boi de cultivador
    Cortou terra no monturo
    Longe da poluição
    Eu respirava o ar puro
    Sem temer as armas químicas
    Que ameaçam o futuro

    Sou do tempo da panela
    De barro e do candeeiro
    Fogão a lenha e jirau
    O pilão e o chiqueiro
    E o pavilhão que vovô
    Fez pra dançar no terreiro

    Da casa dos meus avós
    Lembro-me cheio de amor
    E a sombra da oiticica
    Por cima do bebedor
    Onde eu brinquei com meus primos
    E compus cações de amor

    Eu mas meu pai cantei muitas
    Cações ao claro da lua
    Mas nos deixamos o sitio
    Para residir na rua
    E a saudade do campo
    No meu peito continua

    Carregar água em galão
    Eu acho bom e bonito
    Sei pescar e sei caçar
    Mesmo com jeito esquisito
    Eu conheço caçoar
    Cambão, cangalha, e cambito

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  2. blogger:blog do pup...6 de junho de 2011 às 03:58

    Dicionário matuto
    Literatura de cordel
    Autor poeta
    Raimundo Nonato da Silva

    No dicionário matuto
    Porque se pruquê
    Anos se chama forico
    E você é vos mecê
    Alpargata e zapragata
    E K substitui Q

    No dicionário Matuto
    Recordação é sardade
    E faculdade pra muitos
    Também é faculidade
    E dificuldade é
    Também dificulidade

    No dicionário matuto
    O privado é inturido
    Mal cheiroso é catinguento
    E gemer é alarido
    Besta é acabrunhado
    Quem fala muito é sabido

    No dicionário matuto
    Também se chama tobem
    Gafanhoto e cafanhoto
    E alguém se chama argúem
    Rapto se chama rapito
    E fiofó é sedem

    No dicionário matuto
    Porco é poico e você tu
    Porca é poica e pum é peido
    Polenta se chama angu
    Ovo se chama conhão
    Corvo se chama urubu

    No dicionário matuto
    Viche quer dizer ou oxente
    Rubacão baião de dois
    Na língua de muita gente
    No glossário nordestino
    O vocábulo é diferente









    No dicionário matuto
    Puta é rapariga ou quenga
    Fôlego para um é forgo
    Briga pra outro é arenga
    Mulher brava e jararaca
    E mulher manca é molenga

    No vocabulário matuto
    Rede se chama tipóia
    Dor de barriga escorréncia
    Conjunto vit dordóia
    E cuscuz é pão de milho
    E bijuteria é jóia

    No dicionário matuto
    Todo namoro é xodó
    Homem da roça é caipira
    Festa dançante é forró
    Axila é sovaco
    E canela é mocotó

    No dicionário matuto
    O linguajar vale a pena
    Quem não chama de molesta
    Chama de gota serena
    Diarréia é caganeira
    Nanica é mulher pequena

    No dicionário matuto
    Mulher malfeita é pamonha
    Todo cabra opinioso
    Chama vergonha veigonha
    Se um cabra brigar com outro
    Alguém diz assim acunha

    No dicionário matuto
    Cavalo ruim é pangaré
    Cão ruim é vira lata
    E cabra besta é Mané
    Fazer cocô é cagar
    Entendeu como é que é





    No dicionário matuto
    Sonho ruim é pesadelo
    Mulher bonita e bem feita
    É chamada de modelo
    E gorda feia e mal feita
    É chamada de escandelo

    No dicionário matuto
    Informática é infomatica
    Quem vai chamar matemática
    Chama de matematica
    Até quem aprendeu certo
    Não sabe como é que fica

    Gases para um é bufa
    E para outro é um vento
    O homem bruto é cavalo
    O homem burro é jumento
    Cientifico e coloquial
    Eu tenho gongecimento

    No dicionário matuto
    Que eu tenho escrevi do
    Pêssego tem sido pessego
    Tudo é mal compreendido
    Se for rico é margnata
    Pobre de mais é fodido

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  3. blogger:blog do pup...6 de junho de 2011 às 04:00

    é só um pouco do cordel dicionário matuto eu escrevo muitos cordeis e canro sou re pentista

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  4. blogger:blog do pup...6 de junho de 2011 às 04:01

    http://www.youtube.com/watch?v=g1HymNUm1zc um tributo a Isabela

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  5. Tudo isso é uma alegria imensa,nossa querida poesia e poemma.

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