CORDEL NO TEMPO
CORDA E CORDEL
Anda a poesia pisando
Pelas ruas da cidade
Traça nos bancos da praça
E entoa em tonalidade
Bomba com a pomba e revoa
No vento assobia e entoa
E arranha o arranha-céu
Vendo o vendedor se rende
Prende a estudante e aprende
Na rede o redeiro vende
Corda e cordão pro Cordel
(Merlanio - Cordel #990)
Bom Dia com Poesia, Meuzamô!
MIL POEMAS EM MIL DIAS - Dia 20 de Maio
USINA CULTURAL ENERGISA
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CORDEL NO TEMPO #989
SALVA-ME DE MIM
- Senhor salva-me de mim!
Orou Fernando Pessoa
É o poeta angustiado
A alma sensível entoa
O mal que é nosso inimigo
Mantém em nós seu abrigo
É onde o Ego cria os breus
Em nós há o Bem e o Mal
Em luta descomunal
Quem vai vencer afinal?
Isso é conosco e com Deus!
(Merlanio - Cordel #989)
Bom Dia com Poesia, Meuzamô!
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CORDEL NO TEMPO #988
ARTE DE DEUS
Desde as pinturas rupestres,
Os ritos pelos terreiros,
A encenação das caçadas
Aos tambores mensageiros
Que o ser espiritual
Crê, cura, frui do ideal
Para além dos sonhos seus
Que Arte é vida em qualidade
A Arte é sonho e verdade
A Arte é espiritualidade
A Arte é Arte de Deus
(Merlanio - Cordel #988)
Bom Dia com Poesia, Meuzamô!
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CORDEL NO TEMPO #987
DEUS COM O BEM ASSALARIA
- Está gostando da festa?
- Nossa! É muita alegria!
Timidamente ele disse
Lá na quimioterapia
E nós fizemos a festa
Naquela Pediatria
Quanto tempo não brincavam
Que a doença os deprimia?!
E as mães vendo os filhos rindo
No espanto da estripulia
Abriam largos sorrisos
No plantão daquele dia
Bem como as enfermeiras
E a médica que tudo via
Vendo os mini-pacientes
Brincando, agradecia
Todo plantão é uma festa
Naquela Pediatria
Que o trabalho voluntário
Contra o câncer faz folia
Toda terça-feira a vida
Com tanto amor nos premia
Que aos Bonecos de Lata
Deus com Paz assalaria!
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(Merlanio - Cordel #987)
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CORDEL NO TEMPO #986
SEMEADURA
E jogou as sementes no caminho
Mas os pássaros viram e as comeram
As caídas nas pedras feneceram
E outras nos espinheiros sufocaram
Mas as da terra boa deram frutos
E sementes e deram lindas flores
E assim foi primavera das mil cores
Veio a graça e ao mundo alimentaram
E lá vai o divino semeador
Confiante na alma da semente
E semeia, semeia incontinente
Até que nós brotemos sobre o chão
Pois já sabe que nós produziremos
As dezenas, centenas e até mais
E faremos a Terra enfim ter paz
Que o amor nos vingou no coração
(Merlanio - Cordel #986)
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CORDEL NO TEMPO
NA BEIRA DO MAR
Em tempos sombrios
Em noites de breus
Igual os que temos
Nos dias de agora
Que o mundo agoniza
A humanidade chora
Nem lembra do Amor
E se esquece de Deus
E cresce o egoísmo
Nos egos, nos EUs
Toda a humanidade
Segue a agonizar
Sem uma Utopia
Que os faça sonhar
Sem um ideal
Agarrado à ganância
Se abraça com o mal
Como suprema instância
Cantando galope
Na beira do mar
Mas há dois mil anos
Que uma voz ecoa
Vai reverberando
Desde à Praia à Serra
Cantando cantigas
De Paz sobre a Terra
Despertando alma
Curando pessoa
Tal canto divino
Pelo mundo entoa
- Amai uns aos outros
Que o verbo é Amar!
Derrubai os muros,
Vivei a sonhar
Com o tempo de Deus
Reuní as nações
Seguí o caminho
E curai corações
Palavras do Cristo
Na beira do mar!
(Merlanio - Cordel #985)
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CHEGANDO AOS MIL POEMAS EM MIL DIAS.
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CORDEL NO TEMPO #984
O CAMINHO
Se só existe um caminho
Do mundo alcançar a Paz,
Da segurança nas ruas
Que é amar cada vez mais
Pra quê tanto ódio irmão?
No mal há escravidão
Na guerra há tristeza e dor
O Amor é medida urgente
O Amor cura o corpo e a mente
O Amor é Paz entre a gente
Disse João: DEUS É AMOR!
(Merlanio - Cordel #984)
*Chegando aos MIL POEMAS EM MIL DIAS!*
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*CORDEL NO TEMPO #983*
*A DÁDIVA DA ARTE*
O que seria da gente
Sem a dádiva da Arte?
Enfrentando a Pandemia
Sem a luz a alumiar-te!?
Sem a mensagem em poesia
Os filmes de cada dia
As séries e a canção
Sem livros, literatura
Sem a benção da cultura
Sem a Arte que nos cura
E nos dá libertação
A Arte é de todo tempo
Está lá na pré-história
Nas danças e nos tambores,
Nas pinturas, nas memórias
A Arte é parte da alma
Do riso, do grito à palma
Da fruição dos atos seus
É quem nos cura e encanta
É luz que o mal espanta
E a plateia se levanta
Que a Arte é Arte de Deus!
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(Merlanio - Cordel #983)
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*Estamos chegando aos MIL POEMAS EM MIL DIAS.*
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CORDEL NO TEMPO #982
ASTRONAUTA
Se eu quero morrer cantando
É porque meu canto é vida
Na alma vão mil lugares
E mil vidas incontidas
Minha idade é a das estrelas
Que sou astronauta delas
No aprendizado fecundo
Cada vida é um refrão,
Um poema, uma canção
E muitos comigo são
Em visita a este mundo
Ontem fui rico, hoje pobre,
Antes simples lavrador
Depois potente em cultura
Mas hoje só busco o Amor
E os milhares de poemas
Preciosos como as gemas
Que hoje declamo contrito
Essa é a grande viagem
Aprendiz só de passagem
Encho de Amor a bagagem
Que abre os Portais do infinito!
(Merlanio - Cordel #982)
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CORDEL NO TEMPO #981
PIRACEMA POÉTICA
Sou eu quem coleta versos
Frases do cotidiano
Canto das aves que passam
Riso e pranto em cada humano
Transformo tudo em poesia
Em reflexão do dia
Talento que Deus me deu
Depois embrulho em poema
Mil partituras do tema
E o rio leva a piracema
Que chega ao coração teu
(Merlanio - Cordel #981)
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CORDEL NO TEMPO #980
BUSCA DA RAZÃO
Eu tenho dentro de mim
Sentimentos desconexos
Da Gênese até o fim
Conflitantes e complexos
Busco o sentido da vida
Vida que o viver valida
E logo um rumo me vem
A existência desperta
Como uma seta que acerta
E um sentimento me alerta
Que está razão é o bem
Não é a saciedade
Quem sacia-se quer mais
Não é a riqueza intensa
Que os ricos perdem a paz
Não há razão em mais ter
A razão está no ser
No ser reside a verdade
A razão da existência
É ser melhor em essência
Despertar a consciência
Que há no bem felicidade!
(Merlanio - Cordel #980)
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CORDEL NO TEMPO #979
SAGA DE MARIQUINHA
Lá vai Mariquinha
Enxugando o pranto
Que a sua filhinha
Seu anjinho santo
Não tem alimento
Não tem um alento
Não tem mais unguento
A morrer sem manto
E o câncer mordendo
Como escorpião
Ferroa o vivente
O atira no chão
Lá vai Mariquinha
Mãe da menininha
Mendiga sozinha
Procurando pão
Bate nas janelas
Bate em tanta porta
E a rua está morta
É morta a cidade
Lá vai Mariquinha
E alguém lhe atende
E ela compreende
Que é a Caridade
Lá vai Mariquinha
De braços com a feira
Arroz com feijão
Tem leite de amor
Faz o alimento
Desperta o rebento
Naquele momento
Vence fome e dor
Lá vai Mariquinha
Menina mulher
- Até mais madrinha!
Até Deus quiser!
Cada novo dia
Segue-se a porfia
Sem ter alegria
- Até Deus quiser!
(Merlanio - Cordel #979)
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CORDEL NO TEMPO
CONSOLADOR
A França se agitava
Com fenômenos intrigantes
Famosas "Mesas Girantes"
Que impactou quem viu
Mas alguns as estudavam
Punham a existência em xeque
Lança um livro Allan Kardec
E era dezoito de abril
Era o Livro dos Espíritos
Que faz a revolução
Ante o bom senso e a razão
Destrona o Positivismo
E Deus retorna ao proscênio
Do palco e cessa o dilema
É Inteligência suprema
E ali nasce o Espiritismo
Há vida depois da vida
Os seres se comunicam,
Orientam e indicam
Que o mal vem do egoísmo
Os mundos vivos têm vida
Não há efeito sem causa
Na evolução não há pausa
Explica o Espiritismo
E era 18 de abril
Quando um grito do Além
Convoca o homem ao Bem
Mostra que a Paz vem do Amor
E a mensagem chega ao mundo
E o viver faz-se em leque
Jesus manda Allan Kardec
E chega o Consolador!
(Merlanio - Cordel #978)
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CORDEL NO TEMPO #977
RESSURREIÇÃO
Depois da noite de sábado
De muita tristeza e pranto
Logo pela madrugada
Elas vão ao Campo Santo
Elas seguiram Jesus
E o viram morrer na cruz
E para tristeza e dor
A pedra fora arrancada
A tumba fora atacada
Não tinha corpo nem nada
Que fizeram do Senhor?
Elas correm ao jardim
No mais triste desespero
E Maria vê um homem
- Jardineiro! Jardineiro!
E sua alma estremecia
Quando ouviu dele: Maria!
E sua dor não mais doeu
E os cristãos e as cristãs
Cheios de fé, de almas sãs
Pregavam pelas manhãs
Cantem! Jesus não morreu!
E enfrentaram os impérios
As perseguições do mal
Nada do mundo temiam
E foi Domingo Pascal
O Cristo vencera a morte
Seu povo agora mais forte
Do que a mais forte nação
Tudo após aquele dia
Em que Madalena ouvia
O inesquecível: Maria!
Chamou-se Ressurreição!
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(Merlanio - Cordel #977)
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CORDEL NO TEMPO #976
FOI NA PÁSCOA
Era Páscoa dos judeus
Quando o jejum se rompia
Com um cordeiro imolado
Que ao domingo se comia
Mas o cordeiro imolado
Já fora crucificado
No Gólgota em triste cruz
Mas era sábado de dor
De desespero e horror
Do apostolado em temor
Perdidos sem ter Jesus
A cruz condena o ideal
E agora? O que fazer?
Ante a dor que os encontrou
Na madrugada serena
Cessa o pranto muda a cena
Aos gritos diz Madalena:
Sim! Jesus ressuscitou!
(Merlanio - Cordel #976)
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CORDEL NO TEMPO #975
CALVÁRIO DAS MULHERES
Jesus preso e desprezado
Torturado sem pudor
E até desumanizado
Fatigado em tanta dor
Naquela sexta tão triste
Abandonado resiste
Mas busca um olhar amigo
Os chicotes laceravam
Só as mulheres choravam
Só as mulheres oravam
Só as mulheres consigo
Aonde estão os discípulos?
Os que beberam da fonte
As multidões que o seguiam
E os ouvintes do Monte?
Por um momento chorou
Caiu e se levantou
Sob impropérios judeus
Somente elas ficaram
Somente elas enfrentaram
Somente elas provaram
O amor ao Filho de Deus!
(Merlanio - Cordel #975)
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CORDEL NO TEMPO #974
VISITA DO TEMPO
O Tempo me visitou
Com mil lembranças na mão
E eu me vi um menininho
Brincando no meu Sertão
Pião e bola de gude,
Boi de osso, cola de grude
E um viver de esperançar
O budegueiro espiando
A alcoreta d'água a mando
Na Filarmônica tocando
O Dobrado militar
Mãos frágeis na Lata d'água
Leva o leite de Boiada
Boiada era a vaca preta
Tangida na madrugada
Cacimba de Sol bem quente
Ôxente! E minino é gente?
Sina que ao poeta deu
A aridez em todo canto
Aridez cheia de pranto
Tudo ao poeta era espanto
Aonde o seu verso nasceu!
(Merlanio - Cordel #974)
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CORDEL NO TEMPO #973
BREVE HISTÓRIA DE DEUS
Era cedo, bem cedinho
E eu na beira da mar
Seguia a questionar
O porquê da existência
Porque Deus não se mostrava
Com toda autoridade
Dobrando a humanidade
Exibindo sua essência
Entre tantos pensamentos
Eu vi na beira do mar
Um menino a trabalhar
Com minúscula conchinha
A esgotar o oceano
Indo e vindo e já cansado
E eu lhe falei enfadado
Que fazes? Qual é teu plano?
E o menino bem centrado
Começou a me falar:
É mais fácil eu esgotar
Toda água do oceano
Que um homem entender Deus,
Aos mistérios compreender
E todo o universo caber
Na mente de um ser humano
E o menino sem ter pressa
Seguiu sua atividade
E eu entendi tal verdade
Que dentro e além de mim
Paira a vida e o infinito
Num todo mais que perfeito
E a causa de todo efeito
É Deus sem princípio ou fim!
(Merlanio - Cordel #973)
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CORDEL NO TEMPO #972
AMOR NÃO ESTÁ NA MODA
Falar de amor hoje em dia
Se fala com muito medo
Que amar vem sem alegria
Só se confessa em segredo
É que o ódio está na moda
Hoje quem ama incomoda
E acusam: Subversivos!
Somos nas ruas caçados,
Perseguidos, silenciados
E até desumanizados
Pelos do ódio cativos
Têm que mostrar preconceito
Têm que ter alma sem brilho
O negócio está de um jeito
De pai denunciar o filho
Pensam mulher e marido
Amar não faz mais sentido
E produzem tal reclamo
Mas minha alma é de lascar
Que ao invés de odiar
Só conjuga o verbo amar
E diz: AMO! AMO! AMO!
(Merlanio - Cordel #972)
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CORDEL NO TEMPO #971
A CADA DIA
Começa o dia de hoje
Em doce meditação
Respira calmo e profundo
E faz tua oração
Que o dia traz desafios
Testes de emoções e brios
Então faz luz em teus breus
Sintoniza o amor e faz
Dentro de ti mesmo a paz
E a tudo tu vencerás
Na luz do Amor de Deus
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CORDEL NO TEMPO #970
AVIS RARA
Toda pessoa comum
É comum pessoa rara
Comum flor desse jardim
Flor rara que ali brotara
Pessoas também são flores
Tão raras nos seus pendores
Únicas qual Deus sonhara
Avis rara nesse mundo
Raro som teor profundo
Que pessoa é ser fecundo
Como és pessoa rara!
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CORDEL NO TEMPO #969
PORTO
Vê que belo aquele Porto
Ali aportam navios
Barcos, velas e outros mais
No amparo ante o mar bravio
Possibilita o descanso
A paz, o chão e o avanço
Encontros e despedidas
Sejamos portos seguros
Que abrem portas aos futuros
Sem preconceitos nem muros
Mantendo a paz de outras vidas!
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CORDEL NO TEMPO #968
NÃO SEJA BESTA
Não seja besta, progrida
Mas espiritualmente
A vida é uma corrente
De um rio caudaloso
Que segue arrastando tudo
Quem é sábio segue a vida
E a vive bem divertida
Num viver delicioso
Abra o coração e a mente
Relaxe Deus tudo tem
E fornece a ti também
Na hora que desejares
Releva mágoas e ódios
Perdoa que o perdão
Alumia o coração
Se tu te modificares
Olha em volta há sofrimento
E podes ser generoso
Respeitador prestimoso
Que todos irão te amar
Sê um benfeitor constante
Leva a paz, desfaz a guerra
Que a guerra só dor encerra
E é preciso alumiar
E o tempo passa depressa
Uma hora, mais um dia,
E o jovem logo se guia
Para o idoso que vem
Daqui a pouco é retorno
E se espalhares a luz
No final terás Jesus
Vai semeador do bem!
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CORDEL NO TEMPO #967
MIL PENSAMENTOS
Na rapidez de um segundo
Mil pensamentos se espremem
Gerando força e vontade
Que só neurônios entendem
Eles constroem na vida
O viver em desmedida,
As ações e as emoções
Os sentimentos que passam
Entre o bem e o mal repassam
Libertam, peiam ou laçam
Entre tons e semitons
Chega a hora da alforria
Usando do mesmo tento
Veloz, mais veloz que a luz
Na força do pensamento
Hora de pensar no amor
Tal halo libertador
Dos meus neurônios, dos teus
E ser leve, livre e forte
E vencer o mal e a morte
Mantendo o sublime norte
Da vida que nos deu Deus!
(Merlanio - Cordel #967)
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CORDEL NO TEMPO #966
A VOZ
Sim, nos ensine a pescar
Mas mate em nós nossa fome
Não há lugar pra pescar
Nem temos forças, nem nome
Dignidade é amor
E o seu colo acolhedor
Abre em nós essa verdade
Somos a pobreza atroz
Então não nos deixe sós
Que amanhã teremos voz
A voz de Deus: Caridade!
(Merlanio - Cordel #966)
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CORDEL NO TEMPO
DO BEM
Nas mãos que aram e levam
A alimentação à mesa
Ao que tem a mente acesa
E educa e inspira também
Nos conselhos luminosos
Na vida que se faz viva
Em toda atitude ativa
Vê-se bem o que é o Bem!
Na ternura de uma mãe
E na proteção do pai
Numa oração que vai
E traz amparo do além
No voluntário do amor
Que visita um hospital
No amparo fraternal
Vê-se bem o que é o Bem!
Num discurso que defende
Vida, Paz e Liberdade,
Na ação de fraternidade
Quando a tragédia vem
Na fé ante o desespero
Na alegria ante a tristeza
Em defesa à Natureza
Vê-se bem o que é o Bem!
Quando a vida é primazia
Quando a educação liberta
Quando a fé se faz mais certa
Quando se oferta o que tem
Quando a verdade revela
Quando a dúvida se esvai
E quando a maldade cai
Vê-se bem o que é o Bem!
No silêncio que acolhe
No perdão ao agressor
Nas ações de puro amor
Sem preconceito ou porém
Quando dá-se um fim a guerra
E o progresso ali se faz
Quando o em nós se instaura a Paz
Vê-se bem o que é o Bem!
(Merlanio - Cordel #966)
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CORDEL NO TEMPO #965
UTOPIA POÉTICA
Se me dessem a voz pra que eu falasse
E se quem me escutasse refletisse
E mudasse a atitude quando ouvisse
E eu de posse do amor me encantasse
É bem certo que de mim não dissesse
Só falasse o que o Cristo nos falou
Do amai-vos como Ele nos amou
E depois dessa fala eu me calasse
E o planeta à paz se entregasse
É Utopia? Sim, a que Ele sonhou!
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(Merlanio - Cordel #965)
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CORDEL NO TEMPO #964
FLORES DO MESMO JARDIM
Trabalhemos cada dia
Com a força do ideal
Buscando a fraternidade
De um mundo mais igual
Flores do mesmo jardim
Que darão frutos sem fim
Buscando a fraternidade
Acolhendo a dor de quem
Despetalou-se também
Mas ante o amor e o bem
Encontrou humanidade
Que sejamos mais humanos
Mais cuidadores da luz
Mais dedicados no afeto
Como um dia fez Jesus
Que sigamos a alegria
E o amor que contagia
Sem muros em prol da Paz
E que sejamos um tesouro
Mais importante que o ouro
De um acolher duradouro
Como Deus fez e inda faz
(Merlanio - Cordel #964)
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CORDEL NO TEMPO #963
TEMPO DE PAZ ☮️
O Tempo que não dá tempo
Diz que é tempo de Paz
E o homem na guerra jaz
Desafiando o destino
Põe a ganância na mesa
E destrói a natureza
Leva orfandade e tristeza
Complicando seu destino
E o tempo é de madureza
Desta velha humanidade
Que já conhece a verdade
E teima por se opor
No engano da ilusão
Espalha sua ambição
Como princípio malsão
Distanciado do Amor
E o Amor ainda espera
Sereno dá vez e voz
Despertando o ator atroz
Pra que a guerra tenha fim
E os espíritos belicosos
Não atendem odiosos
Mas que passarão morbosos
Serão degredados sim
E o Tempo que atende ao tempo
E entende a humanidade
Fala da felicidade
Que a vida em si mesmo traz
Que virá o tempo certo
Tempo de espírito liberto
Que o homem verá de perto
Deus no Amor que traz a Paz!
(Merlanio - Cordel #963)
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CORDEL NO TEMPO #962
RECADO
Eu te mando meu recado
Pra te dizer: Não desisto!
Do ser em reconstrução
Que sou e que eu tanto invisto
Reconstruir sentimento
É parte do meu momento
Alumiando meus breus
Meu canto diz que estou vivo
E espero dar-te um motivo
Cheio de fé, mais ativo
Nesta obra que nos deu Deus!
(Merlanio - Cordel #962)
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