CORDEL NO TEMPO
RECADO DE AMIGO
Menino, era um tirinete
O das compra de Natal
O povo passava mal
Um ruge-ruge danado
Cada fila uma sentença
Na roda do desespero
Quem vinha por derradeiro
Não levava do Mercado
Mas hoje a coisa está xique
Tudo está tão diferente
Sem fila, pois não tem gente
Que não há preço que agrade
Quem vai, vai desconfiado
Ameaça, pega e fecha,
Tira selfie, pensa e deixa
Foi só matar a saudade
A inflação tá de volta
Que aqui o côco tá seco
A avenida virou beco
Classe média é "marromeno"
O pobre vive no arrocho
Vai comendo sem mistura
Que a carestia tritura
Com seu olhar obsceno
Só enrica o bilionário
A classe média faliu
Quem te vê e quem te viu
E assim nivelou o trem
Quem tem dez não quer soltar
E o Banco quer lhe tomar
Quem tem cem corre a guardar
Com medo de ficar sem
O pobre sofre gritando
Governo empurrando atrás
Ao imposto aumenta mais
Pra ver se o povo aguenta
É o mundo pegando fogo
Como um trem de dinamite
E um doido "chêi" de arrebite
Fumando em câmera lenta
Ninguém sabe aonde vai
Ou se um dia vai chegar
A inflação de lascar
E um vírus correndo atrás
Quem vacinou vai vivendo
Quem não quis é risco certo
Baú de Pandora aberto
Que dos outros tira a paz
E assim segue a procissão
Sem um santo no andor
E pra onde a gente for
É inflação e carestia
Só quem cresce são os bancos
Que na crise multiplica
E o povão miserifica
Que em maus políticos confia
Por isso meu camarada
Só vote em quem preza a vida
Quem à miséria convida
E do pobre tira o pão
Esse não merece o nome
Vote contra, que ele some
Vote pensando na fome
Que mata a nossa nação
(Merlanio)
Bom Dia com Poesia, Meuzamô!
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